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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Filme: 33

O cineasta Kiko Goifman se propôs, em 2001, aos 33 anos de idade, ser o personagem central de um projeto de documentário que viria junto com um desafio: ele teria 33 dias para encontrar sua mãe biológica. Adotado em circunstâncias meio misteriosas em 1968, ele nada sabia sobre o dia em que foi adotado, muito menos sobre a mulher que lhe deu a vida. É a partir da execução deste projeto que Kiko começa a entrevistar as pessoas envolvidas - desde sua mãe e outros parentes até médicos, a parteira, e o síndico do prédio onde foi adotado - e a descobrir as primeiras pistas que o levam em direção à sua origem. Com o auxílio de meios de um blog e veículos de comunicação como jornais e programas de TV, Kiko expõe sua jornada investigativa de maneira a, inclusive, conseguir ajuda de pessoas estranhas - ajuda esta que não necessariamente trará resultados. E conforme o tempo corre, as possibilidades parecem cada vez mais escassas, tal como a quantidade de informações disponíveis. Por mais que tente e por mais fundo que cave, não dá pra desenterrar tudo; ainda mais depois de tantos anos. O projeto chega ao fim sem que o objetivo de encontrar a mãe biológica de Kiko seja atingido, mas isso não quer dizer que cessaram as buscas. Como diz ele mesmo ao fim do documentário, se esta busca continuar, será a partir de agora um problema só dele.
O filme é mais legal do que eu esperava. Por se tratar de um documentário, eu acabei criando uma expectativa de algo muito chato, cansativo e talvez até desinteressante. Me surpreendi porque o filme cria toda uma atmosfera investigativa que remete aos filmes policiais da década de 50, com a fotografia em preto e branco, muitas sombras e aquela musiquinha charmosa sempre ao fundo. Mais legais ainda são os pensamentos de Kiko ao longo do filme, acompanhando cada novo passo e cada descoberta ou decepção. Enfim, é bastante interessante e parece bem mais curto do que os 70 minutos que de fato ele possui. Recomendado ;)

Beijocas!
Larissa

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